Últimas Notícias

Economia

Sociedade

Ciência e Tecnologia

Cultura

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Diálogo luso-germânico sobre refugiados

Making History

Firstly, this all started with the political and religious problems, because they all have different ways of thinking and different believes. In the country that they came from, their connection with their gods is really strong. In the political side they all want to be listened, but the message is misunderstood, so they demonstrate and fight. One of the reasons that provokes this situation is the division of the territories in the past. 
Also the freedom was and still is a big issue, but in different ways. For example, in the country that the refugees came from, they restricted the freedom of speech, so this tends to origin protests. But in other countries, when they don't restrict this, their behavior should be better and controlled.
Secondly, all this situation has been a problem originated by many countries. Some of them are trying to help, but it's difficult because of some contingencies, such as prejudice. For example, some people judge the refugees because of the image  passed by the media, but they are exactly like us after all. The number of refugees also worries the people, because it gets confusing to control the situation. However, they can help us and help each other, because in the end, they will try to look for jobs and have a normal and better life.
To sum it up, we all give the best we can. As the number of refugees increases, the number of people who help and are interested about this issue also rises.
And hopefully, all this situation can bring about change to the world and to the way the we think and act.

Autoras:
 Catarina Du, 9ºB
Maria Dinis, 9ºA
Sarah, Jonas, Paulina 
(Realschule Babenhausen)



What is Balance?

Balance is a term used to define a state of equilibrium, like equal distribuition of “weight” and amount. And our question was ‘Do countries have balance?!’
In a country, you should have two sides working together: the population (social) and the government (politics). However, they can have divergent ideas, such as the example of the different kinds of politics that people support.
In addiction, we can have a look to the more specific situation of what different ideas can provoke conflits. Usually the origin of the problems might be historical, like the example of Arabic countries, that were only formed about 100 years ago and never concluded an agreement between them, and this lead to civil wars. Religion can also be a bad factor too, that can lead to the formation of different terrorist groups like Al-Qaeda, Syrian rebels, the jihadists.
On one hand, religion is used by the leaders as a pretext for war, converting other people and convencing them that their ideas are the right ones. On the other hand, religion is used by followers as a justification for war, for example to explain all the killings.
In Syria, Assad, one politician, had Chies ideas, however the majority of the country, 80%, had Sunnies’ ideas. That provoked a civil war between him, supported by his followers, against almost all the rest of the population, including terrorist groups, such as the jihadists.
Hundreds of people died, and since the war hasn’t ended, many of them started to run away to other countries like Germany. And this constitute the groups of refugees. People think that all the refugees are aggressive or want to take our money, but if we seriously think about it, everyone could be like that, depending on the place or situation. 
The European population is afraid that they could destroy the native culture of the population, as they´re principles are very different, and could also take the jobs of the native people. The solution could be to create new jobs; the trouble is that there´s not enough time to do it, as the refugees are moving on really quickly.
On the other hand, we have to take into account some facts about this situation. One is that, if the other countries, besides the Arabic ones, like USA and Russia, come into the war, this might get worse, because they will create new wars between them.
In our view, the only thing they should do is simply help to solve the conflits, not coming physically in the war. That way, they could turn this into a positive and helpful effort for everyone involved.

Autoras:

Helena Gonçalves, 9ºB
Vítor Santos, 9ºB
Joana Martins, 9ºA
Sarah e Nina
(Realschule Babenhausen)


























Ler mais ...

A segurança e a liberdade na Europa


As recentes vagas de refugiados e os ataques terroristas trouxeram à discussão a segurança e a liberdade. Neste campo, urge discutir as questões relacionadas com o Acordo de Schengen e com as declarações de Estado de Sítio e Estado de Emergência. O que significam os Acordos de Schengen, para que servem, devemos suspendê-los? quando estão reunidas as condições e que diferenças existem entre Estados de sítio ou de Emergência.
O Acordo de Schengen é uma convenção entre países europeus sobre uma política de abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas entre os países signatários. O acordo começou por ser uma forma reforçada de cooperação entre os governos da Bélgica, Alemanha, França, Luxemburgo e Países Baixos para “uma verdadeira liberdade de circulação dos cidadãos”, numa altura de verdadeira expansão comunitária (durante os anos 90).
Os países que aderiram a este acordo deixaram de efetuar controlos nas suas fronteiras internas e intensificaram os controlos nas suas fronteiras externas, o que permitiu reduzir substancialmente os encargos com o controlo das mesmas. Assim, a não ser que haja uma ameaça à segurança, os indivíduos pertencentes a um estado Schengen não podem ser sujeitos a controlos policiais. 
Europa Schengen
Contudo, esta carência de controlo das fronteiras gerou diversos problemas, como por exemplo o aumento do fluxo de imigrantes ilegais, situação constatada principalmente por países como a Itália, França e Dinamarca, ao propor uma revisão do acordo, com o intuito de melhorar o controlo fronteiriço.
Por outro lado, outra grande vantagem deste acordo reside no facto de facilitar o transporte de bens, o que não só reduz os custos de transporte, mas também diminui o tempo necessário para transportar os mesmos.
Para além disto, o problema mais recente engendrado pelo acordo está relacionado com a perpetração de atos terroristas dentro do espaço Schengen, uma vez que a falta de entraves à circulação de pessoas poderá permitir a entrada de terroristas no espaço europeu, por exemplo. 
Outra desvantagem gerada pelo acordo incide sobre os países exteriores ao espaço Schengen, já que, com o aumento deste, mais restrições têm que ser aplicadas, o que poderá prejudicar as relações políticas e económicas entre aliados de longo termo, como por exemplo a Rússia e a Ucrânia.
Porém, comparativamente com o resto das fronteiras existentes, o espaço Schengen demostra-se igualmente, senão, mais eficaz em controlar o espaço fronteiriço.
O espaço Schengen certamente terá várias vantagens e desvantagens, mas teremos de compreender que a implementação deste espaço possibilitou um enorme “boom” tanto a nível económico (turismo), como a nível social (ao facilitar o concílio de diversas culturas num só espaço).
Com os recentes ataques terroristas espalhados por toda a Europa, vários países foram obrigados a emitir alertas de segurança e a declarar estado de emergência. Portugal, ainda que não tenha sido afetado por estes ataques, é um potencial alvo de ataque terrorista. Assim, nos casos em que a segurança do país é ameaçada, pode ser necessário declarar estado de emergência e, em casos mais extremos, estado de sítio.
O estado de sítio ou o estado de emergência só podem ser declarados nos casos de agressão efetiva ou iminente por forças estrangeiras, de grave ameaça ou perturbação da ordem constitucional democrática ou de calamidade pública, podendo apenas ser declarados pela forma prevista no Artigo 19º da Constituição da República Portuguesa, regendo-se assim pelas normas constitucionais aplicáveis e pelo disposto na lei.
Quanto ao estado de sítio, este é declarado quando se verifiquem ou estejam iminentes atos de força ou insurreição que ponham em causa a soberania, a independência, a integridade territorial ou a ordem constitucional democrática e não possam ser eliminados pelos meios normais previstos na Constituição e na lei. Nos termos da sua declaração, será total ou parcialmente suspenso ou restringido o exercício de direitos, liberdades e garantias, e estabelecida a subordinação das autoridades civis às autoridades militares ou a sua substituição por estas. Desta forma, para efeitos operacionais, as forças de segurança ficarão sob o comando do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, por intermédio dos respetivos comandantes-gerais. Já as autoridades administrativas civis continuarão no exercício das competências que, nos termos da lei e da declaração do estado de sítio, não tenham sido afetadas pelos poderes conferidos às autoridades militares, mas deverão em qualquer caso facultar a estas os elementos de informação que lhes forem solicitados.
No que toca ao estado de emergência, este é declarado quando se verifiquem situações de menor gravidade, nomeadamente quando se verifiquem ou ameacem verificar-se casos de calamidade pública. Na sua declaração, apenas pode ser determinada a suspensão parcial do exercício de direitos, liberdades e garantias, prevendo-se, se necessário, o reforço dos poderes das autoridades administrativas civis e o apoio às mesmas por parte das Forças Armadas.
Por fim, a declaração destes estados compete ao Presidente da República e depende da audição do Governo e da autorização da Assembleia da República ou, quando esta não estiver reunida nem for possível a sua reunião imediata, da respetiva Comissão Permanente. Estes terão duração limitada ao necessário à salvaguarda dos direitos e interesses que visam proteger e ao restabelecimento da normalidade, não podendo prolongar-se por mais de quinze dias, sem prejuízo de eventual renovação por um ou mais períodos, com igual limite, no caso de subsistência das suas causas determinantes, para além de poderem ser declarados em todo o território ou parte do mesmo.

Autores:

Diogo Pereira, 12ºB
Manuel silva, 12ºB
Ler mais ...

Será provável a vida noutros planetas?

Via Láctea

Atualmente, existem várias questões sobre as quais os seres humanos pensam, ou seja, por exemplo, sobre “será que a Terra é o único planeta com vida?”; “será que o aparecimento de vida na Terra foi por acaso ou algo planeado fez-nos aparecer?” E então, surge a pergunta: “O aparecimento de vida num planeta é um fenómeno possível ou provável?”
A meu ver, o aparecimento de vida neste planeta foi um fenómeno bastante complexo, pois reuniu inúmeras condições, entre elas, o planeta ter um tamanho mínimo necessário, ser um planeta rochoso, a existência da atmosfera, a presença dos gases de estufa e uma temperatura entre os 0ºC e os 100ºC para poder haver água líquida. Logo, isto tudo acontecer seria pouco provável, mas não improvável nem impossível, pois se existe vida na Terra é porque, apesar das probabilidades serem baixas, é possível.
Da mesma forma que existe a probabilidade de existir vida noutros planetas, também existe a probabilidade de não haver. Todavia, segundo a Equação de Drake, existem outras civilizações extraterrestres, ou antes, pode afirmar-se que existe boas possibilidades de existirem. Por outro lado, nós ainda não recebemos sinais de outra civilização inteligente, mas o Universo é enorme e, da mesma forma que nós ainda não a encontramos, esta pode também não nos ter visto ou reparado.
Frank Drake
A espécie humana apareceu devido à evolução das condições já referidas, portanto podem existir outros seres, de outras espécies, que se tenham formado com base em outras condições completamente diferentes.
Para concluir, na minha opinião, o aparecimento de vida num planeta é um fenómeno possível e até provável, porque o ser humano não é especial. Se tudo isto aconteceu no planeta Terra, também pode ter acontecido ou estar a acontecer num dos outros inúmeros planetas existentes no Universo e, como existem todas as condições necessárias ao aparecimento e desenvolvimento de vida algures no Cosmos, é então bem provável que a vida surja.

Autora:

Mafalda Caetano, 8ºA

Ler mais ...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

"O Pássaro da Alma" de Michal Snunit


Neste novo ano lectivo, os alunos do 1º ciclo do ensino básico foram introduzidos à disciplina de Filosofia através do conto de Michal Snunit , O Pássaro da Alma. A simplicidade das palavras de Snunit permitiram aos alunos explorar conceitos como os de alma, emoção, corpo, pensamento. Rapidamente o “Pássaro da Alma” se tornou uma personagem conceptual que possibilitou uma aprendizagem dos conteúdos filosóficos, onde surgiram, por parte dos alunos, questões e hipóteses bastante criativas: desde a possibilidade de todas as coisas do mundo serem dotadas de uma alma, até à questão da sobrevivência deste pássaro que nos habita o corpo, e cujo sol ele receberia através de microorganismos que, dentro do nosso corpo, teriam a função de transportar até ele toda a luz que ele necessita para sobreviver. Estas questões são o sintoma de que a imaginação é forçada a entrar em jogo, quando as faculdades mais abstratas nestas faixas etárias ainda não se encontram plenamente desenvolvidas; porém, nada há de mais belo do que perceber que este trabalho da imaginação nos torna seres dotados de uma autonomia criativa que nos distingue dos restantes seres da natureza; somos um animal que imagina, e que, por isso, pode quebrar as barreiras que muitas vezes nos são impostas pelos conceitos mais abstratos, como se estes possuíssem, em si mesmos, uma explicação total e última do mundo.
Aqui fica a crónica visual dos alunos:
Alice Neto, 1ºA
Catarina Ferreira, 1ºA

Tomás Venda, 1ºB

Tiara Moreira, 1ºB

Leonor Viana, 2ºA

Afonso Camelo, 3ºA

Matilde Gomes, 4ºA






Ler mais ...

Entrevista ao cientista João Paiva

No âmbito do I Ciclo de conferências de Ciência do Colégio Casa-Mãe e com o intuito de celebrar o Dia Nacional da Cultura científica, no passado dia 24 de novembro, o Colégio Casa-Mãe recebeu o prestigiado Professor e Investigador João Paiva, docente da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, para ministrar a palestra “Química, Alquimia, Cultura científica, Filosofia e religião”. A comunidade educativa, composta por pais e encarregados de educação, alunos do 1º ao 12º ano de escolaridade, pessoal docente e não docente, aderiu em massa para ouvir tão aclamado cientista.
Durante uma hora e meia, apresentou-se e debateu-se a Ciência e seu contributo para a Sociedade, enquanto motor de investigação na área da Química. Traçaram-se os principais registos das grandes descobertas nos séculos XX e XXI na área da Química e Física. Traçara-se múltiplas relações entre a Ciência e a religião, o pensamento científico e o pensamento filosófico.
Ninguém ficou indiferente aos assuntos abordados, e a audiência participou ativamente, intervindo, questionando, refletindo e ponderando as diferentes questões levantadas. No final, todos ficaram mais "ricos" com esta fascinante palestra e ansiosos pela próxima palestra.
Um homem dedicado à química, divulgador científico, professor, poeta, interessado no diálogo. Estas características traçam o perfil de João Paiva, docente do Departamento de Química e Bioquímica e membro da Unidade de Ensino das Ciências da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Na sua visita ao Colégio deixou as suas impressões sobre a Química e a Ciência em geral.
As questões eram:
  • Como professor no Departamento de Bioquímica na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, está ligado ao ensino das ciências e da química, em particular. Esta área sempre o interessou? O que mais o fascina na sua profissão?
  • Para além da química, na palestra, referiu muitas fronteiras comuns entre a química, a filosofia e mesmo a religião. Pode explicar-nos o que o fascina e motiva nestas áreas? Há outras áreas, para além das referidas, que despertem o seu interesse e a sua reflexão?
  • Ao longo da sua vasta experiência como professor e investigador, o que lhe deu mais satisfação fazer?
  • Como referiu na palestra, a religião tem a ganhar com os avanços da tecnologia e do conhecimento científico. Pode explicar-nos melhor esse ponto de vista?
Aqui ficam o seu registo...



Ler mais ...

Cartoon Refugees


Autora:

Joana Martins, 9ºA
Ler mais ...

Gravuras Rupestres de Foz Côa


O património mundial enriqueceu-se em 1994 com o achado do maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje. 
Há 20 000 anos atrás o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do vale do Côa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal. Desde agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa organiza visitas a alguns núcleos de gravuras.

Arte Rupestre - Arte Primitiva

Há milhares de anos, os antigos povos já se manifestavam artisticamente, mesmo ainda não conhecessem a escrita, eles começaram a desenvolver e criar obras de arte. Essa arte era composta por representações gráficas (desenhos, símbolos, sinais) feita em paredes de cavernas pelos homens
da Pré-História.

Onde e como é que eram feitas?

As gravuras tinham como suporte superfícies verticais de xisto, com exposição preferencial a nascente. A dimensão das gravuras tinha entre 15 cm e 180 cm, embora também pudessem ter de 40–50 cm de extensão. As técnicas usadas eram a picotagem e a raspagem, ou as duas, uma sobre a outra. 
Utilizavam traços largos, embora por vezes acompanhados de uma grande quantidade de finos traços, que serviram de esboço ou complementavam os anteriores. Noutros casos, estes traços finos desenhavam formas dificilmente perceptíveis. Existem também gravuras preenchidas com traços múltiplos.

O que representavam?

As gravuras representam essencialmente animais, embora se conheça uma ou outra representação humana ou abstrata. Em março de 1995, ainda não se conheciam representações de signos, característicos da arte rupestre paleolítica. Os animais mais representados são os cavalos e os
bovídeos. Exclusivos em certos núcleos, eles podem também coexistir com caprídeos e cervídeos. Os animais aparecem isolados ou em associação, constituindo autênticos painéis. As representações de animais podem sobrepor-se mais ou menos densamente, como podem também estar bem individualizadas.

Como nasceu o Parque Arqueológico do Côa?

O plano de construção de uma barragem que iria deixar submersos os desenhos gerou polémica nos anos 90, sendo o assunto discutido a nível nacional. As obras da controversa barragem foram paradas, criando-se, em 1995, o Parque Arqueológico do Vale do Côa, de forma a reconhecer o grande interesse patrimonial e cultural deste conjunto de achados paleolíticos. Em dezembro de 1998 os núcleos de gravuras rupestres foram classificados como Património Mundial, pela Unesco. O complexo do vale do Côa é a terceira estação de arte rupestre paleolítica conhecida em Portugal, sendo possível identificar centenas, talvez milhares, de gravuras distribuídas ao longo do vale.
É verdade que as gravuras sempre foram vistas pelos pastores e pelos moleiros, deixando alguns destes as suas próprias criações ao lado dos que os antecederam em cerca de duzentos séculos ou mais. E verdade é também que o fozcoense Dr. José Silvério de Andrade, que foi médico, escritor e presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, já nos anos 30 dava notícias de algumas gravuras, que descobrira, ao conceituado Abade de Baçal, através de um seu artigo num jornal de Mirandela.
Foi no entanto o Dr. Nelson Rebanda o arqueólogo que, em 1995, ligou o seu nome à descoberta oficial de tais achados, na sequência dos trabalhos que lhe haviam sido incumbidos pela EDP, concessionária da barragem entretanto em construção no Côa.
Declarada a suspensão da barragem pelo Governo que acedeu ao poder em Outubro de 1995, em breve o Vale do Côa, com os diversos "sítios" entretanto identificados ao longo de 17 quilómetros, recebia a classificação de monumento nacional. Segundo os entendidos, ali se encontrava o maior museu ao ar livre do Paleolítico, de todo o mundo. E a importância de tais achados chegou depois ao conhecimento da UNESCO, que não demorou a considerá-los Património Cultural da Humanidade.
O Vale do Côa fica à espera da vossa visita...

Autora:

Íris Borges, 7ºA



Ler mais ...

Egas Moniz e a sua Lobotomia

Egas Moniz na apresentação dos resultados da angiografia

No passado dia 12 de novembro de 2015 comemoraram-se 80 anos da realização da primeira lobotomia ou leucotomia levada a cabo por Egas Moniz. Esta levantou vários protestos no mundo da Medicina, porém foi a única operação que resultou num prémio científico para o nosso país.
Na manhã de 12 de Novembro de 1935, em pleno Hospital de Santa Marta, um acontecimento muda a história da Ciência a nível mundial. Trata-se da realização da primeira lobotomia num paciente ainda vivo, contrariamente às anteriores experiências em cadáveres. Esta operação foi levada a cabo pelo médico português Egas Moniz, muito prestigiado na altura.
Para a história entraram apenas as iniciais “M.C” que se deduz que seja o nome da paciente Maria do Carmo. Pensa-se que teve uma infância muito dolorosa possuída por múltiplos vícios e problemas, porém foi admitida no Hospital dos Alienados em 1910 a fim de se submeter à primeira lobotomia.
Quando chega o dia da operação M.C. tem 63 anos e um diagnóstico de “melancolia involutiva, ansiosa e paranóide”. Egas Moniz descreve todo o processo. Não andava à procura de nenhuma psicose em particular para tratar, queria ver se a sua hipótese de tratamento alterava sintomas psíquicos. Tinha a sua teoria para os delírios “mórbidos”: se o cérebro funciona pelo accionamento de ligações entre neurónios, explicava, em doentes mentais graves, determinadas ligações neuronais estariam demasiado fixas. Destruindo esses arranjos, ficariam livres.
Furar o cérebro Como o lobo pré-frontal era a área cerebral que mais se destacava no cérebro humano, mesmo em relação a outros mamíferos, Egas Moniz defendeu que era aí que importava intervir, eliminando células do seu centro oval tanto no hemisfério esquerdo do cérebro como no direito – estudos da época com feridos e doentes com tumores cerebrais mostravam que intervir apenas num lado não produzia efeitos.
Para fazer os cortes, cirurgia que internacionalmente viria a ficar conhecida como lobotomia mas a que o médico português chamou leucotomia, havia várias hipóteses. Nos primeiros dez doentes usaria injecções de álcool absoluto, capaz de destruir o tecido nervoso. Depois, para maior precisão, inventa um instrumento de corte a que chama leucótomo. Uma haste de 11 cm com uma ansa na ponta, para cortar e puxar a massa a remover. Apesar de não haver regras sobre ensaios clínicos, Egas Moniz defendeu que primeiro os cirurgiões deviam treinar em animais e a sua equipa fê-lo também com cadáveres humanos. Não guiava por causa da gota, mas comentava com o motorista o que diria a polícia se os visse com as cabeças cedidas pela anatomia na bagagem do carro, no percurso que fez muitas vezes da faculdade até ao hospital.
Falando especificamente no acontecimento, na manhã daquele 12 de Novembro Egas Moniz estava muito motivado e determinado a realizar a cirurgia, pois era o culminar de dois anos de reflexão sobre as consequências da operação e do modo da sua realização a primeira lobotomia aconteceu.
Despedida do Hospital de Santa Marta em 1944
De facto, foi um acontecimento de extrema importância para a medicina portuguesa e mundial, pois sendo cérebro uma zona tão delicada e constando os avanços tecnológicos da época, foi uma situação muito reveladora.
No final da operação, Maria do Carmo não apresentava muitas queixas, logo foi dada como sucesso. Após a apresentação de tal feito á comunidade mundial de medicina Egas Moniz ganhou o Prémio Nobel da Medicina em 1935, data em que depois da primeira experiência realizada com sucesso, Moniz e a sua equipa operaram mais vinte doentes. É de tamanha importância referir que se trata do único Prémio Nobel de Medicina para Portugal.
Egas Moniz formou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em 1899, e defendeu a tese de licenciatura em 1900. Em 1901 prestou provas de doutoramento e em 1902 entrou para o quadro docente como professor substituto.
Inicialmente trabalhou nas disciplinas de Anatomia, Histologia e, mais tarde, de Patologia Geral. Em 1910 tornou-se professor catedrático. Em 1911 transferiu-se para a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde ficou responsável pela cadeira de Clínica Neurológica. Abriu consultório em Lisboa e começou a fazer deslocações regulares a outros países, principalmente a França.
As suas duas descobertas mais importantes foram a angiografia cerebral, conseguida em 1927 e a leucotomia pré-frontal, concretizada em 1935. A primeira foi premiada com o Prémio de Oslo de 1945 e a segunda com o Prémio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1949.
Para conseguir fazer a angiografia cerebral, Egas Moniz fez muitas experiências, na tentativa de encontrar substâncias que pudessem ser injectadas nas artérias do cérebro de forma a tornar visíveis os vasos cerebrais nas radiografias. A opacidade conseguida com a injecção desses produtos permitiria obter um contraste, detectar tumores cerebrais e assim facilitar o seu tratamento. Foi em 28 de Junho de 1927 que Egas Moniz obteve a primeira arteriografia do corpo humano vivo. Este feito deu-lhe um grande prestígio internacional e veio a ser muito importante na divulgação do seu trabalho de investigação posterior no domínio da psicocirurgia.
Após este conjunto de trabalhos de investigação, Egas Moniz passou a dedicar-se a um outro projecto de tratamento de algumas doenças mentais que constituíam um dos alvos prioritários da medicina neurológica da época, antes do desenvolvimento da farmacologia e dos psicotrópicos. Pensava ser possível tratar algumas doenças por meios físicos, através do corte das fibras de ligação entre os neurónios. Este tratamento seria feito nos lobos pré-frontais.
Mesa onde Egas Moniz fez as primeiras angiografias
Este tratamento foi classificado como leucotomia pelo próprio Egas Moniz. Embora inicialmente tenha utilizado um método que consistia na introdução de álcool puro, posteriormente passou a utilizar um instrumento especial, a que chamou leucótomo, com o qual se cortava uma pequena esfera da substância branca dos lobos pré-frontais. Estas intervenções eram realizadas pelo cirurgião Almeida Lima, principal colaborador de Egas Moniz. Este método teve uma rápida divulgação e aplicação em diversos países.
A leucotomia foi depois transformada e desenvolvida pelo americano Walter Freeman, cujo método ficou conhecido por lobotomia. Estes métodos levantaram muita controvérsia principalmente a partir dos anos 50, quando começaram a existir alternativas de tratamento da esquizofrenia através de medicamentos farmacológicos. A imagem negativa da lobotomia e a sua identificação muitas vezes abusiva com a leucotomia está intimamente relacionadas com a metodologia de actuação de Freeman, que fez uma verdadeira ‘campanha’ de lobotomização pelos Estados Unidos, onde realizou mais de 3500 operações, no que foi imitado por muitos outros psicocirurgiões em diversos países. Embora a leucotomia e a lobotomia sejam métodos hoje em dia praticamente abandonados, a controvérsia continua aberta.
Como afirmou Lobo Antunes, em 2001,  “continua ainda hoje a ser motivo de controvérsias, muitas vezes alimentadas mais pelos preconceitos e pela ignorância de quem a ataca do que por uma interpretação explicativa rigorosa, que coloque a descoberta de Moniz na correta perspetiva histórica”.

Autores:

Catarina Du, 9ºB
Domingos Santos, 9ºB
Jorge Andrade, 9ºB

Ler mais ...

A obesidade infantil


Em Portugal, uma em cada três crianças tem este problema de saúde. Segundo o estudo 2013-2014 da Associação Portuguesa de Obesidade Infantil (APCOI) que contou com 18.374 crianças (uma das maiores amostras neste tipo de investigação): 33,3% das crianças entre os 2 e os 12 anos têm excesso de peso, das quais 16,8% são obesas. De acordo com a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da europa com maior número de crianças afetadas por esta epidemia.
A obesidade nasce do excesso de gordura corporal, normalmente medido através do Índice de Massa Corporal (IMC). As causas para obesidade infantil são várias. Dados do Sistema Europeu de Vigilância Nutricional Infantil (COSI:2008) elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) indicam que: mais de 90% das crianças portuguesas consome fast-food, doces e bebe refrigerantes, pelo menos quatro vezes por semana. Menos de 1% das crianças bebe água todos os dias e só 2% ingere fruta fresca diariamente. Quase 60% das crianças vão para a escola de carro e apenas 40% participam em atividades extracurriculares que envolvam atividade
física.
A obesidade em si já é uma doença, mas que outras doenças graves podem surgir? Uma criança obesa está em risco de vir a sofrer de sérios problemas de saúde durante a sua adolescência e na idade adulta. Tem maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, asma, doenças do fígado, apneia do sono e vários tipos de cancro. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a obesidade é a segunda principal causa de morte no mundo que se pode prevenir, a seguir ao tabaco.
Por outro lado, surgem problemas sociais ou psicológicos nas crianças que sofrem de obesidade. Estão mais sujeitas a ataques de bullying e outros tipos de discriminação. O que poderá provocar consequências diretas na sua autoestima e a quebra no seu rendimento escolar. Se não receberem apoio especializado poderão sofrer ainda de depressão ou outras doenças do foro psicológico quando atingirem a idade adulta.
Como resolver este problema e desenvolver bons hábitos alimentares? Não colocar a criança numa dieta rígida, reduzir progressivamente as gorduras da dieta da sua família, não cortar drasticamente nos doces, orientar as escolhas da sua família, não se torne num ditador, tentar fazer o máximo de refeições em família possíveis, envolver as crianças nas compras e preparação de alimentos, desencorajar as refeições em frente ao televisor, não utilizar a comida para punir ou recompensar e assegurar que as refeições fora de casa são equilibradas.
A atividade física ou o desporto, ou simplesmente atividades ao ar livre, menos momentos estáticos em frente ao televisor ou ao computador podem contribuir para uma vida mais saudável.
Para crianças e jovens entre os 5 e 17 anos de idade, a Organização Mundial de Saúde (OMS), aconselha que a atividade física inclua brincadeiras, jogos, desportos, tarefas recreativas, educação física, ou exercício programado, no contexto de atividades da família, escola e comunidade.
A fim de melhorar a aptidão cardiorrespiratória e muscular, a saúde óssea, cardiovascular e metabólica as crianças e os jovens com idades entre 5 a 17 devem acumular pelo menos 60 minutos de atividade física moderada a vigorosa diária. A maior parte da atividade física diária deve ser aeróbica. Para um treino mais correto nada melhor do que consultar a professora ou o professor de Educação Física.
A obesidade não é só um problema físico, também afeta a parte psicológica. Por isso, é muito importante acreditar que é possível mudar os hábitos de vida, para ter uma vida mais saudável e sentirmo-nos melhores. Todos são importantes, os amigos, os colegas, os professores, a família…mas, o mais importante é a criança ou o jovem que procura uma vida melhor.

Autora:

Teresinha Silva Costa, 6ºB
Ler mais ...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Atentados em Paris



Ler mais ...

Conflito na Síria





Ler mais ...

Não ficar para trás no mercado de trabalho


No âmbito da disciplina de Empreendedorismo, o 12º ano tem trabalhado os aspetos mais importantes na construção de um Curriculum Vitae (CV), uma vez que estamos cada vez mais próximos de ingressar no mercado de trabalho. Torna-se extremamente importante compreender como podemos distinguir-nos dos restantes candidatos quando concorremos a um determinado emprego, tendo em conta a crescente competitividade no mercado de trabalho.
Sabendo que, nos últimos dez anos, o número de licenciados duplicou, verificamos que a formação académica continua a ser muito importante, no entanto, hoje em dia, é fundamental apresentar outros fatores e competências que nos destaquem dos restantes. Entre estes, encontram-se por exemplo a participação em concursos destinados à comunidade escolar, alguma experiência profissional que podemos adquirir em tempo de férias, a participação em iniciativas tanto a nível de trabalho de voluntariado como também empresariais, mostrando assim a versatilidade e a capacidade de criatividade, inovação e iniciativa, a capacidade de relacionamento interpessoal e o saber trabalhar em equipa. Estes conhecimentos são válidos não apenas para candidaturas a postos de trabalho, como também para candidaturas a determinadas universidades que requisitam uma entrevista pessoal e uma carta de motivação, onde devemos expor as nossas qualidades de forma a mostrar que somos adequados para o lugar que pretendemos e que temos muito para oferecer à instituição em questão. 
Para além desta análise, refletimos também na importância que hoje em dia o domínio das tecnologias tem, nomeadamente pelo facto de muitas vezes ser pedido um currículo em forma de vídeo, onde nos apresentamos e apontamos aquilo que poderemos oferecer à instituição num período limitado de tempo. Este formato permite às entidades empregadoras uma melhor avaliação do individuo e também facilita o processo de seleção, dado que é mais simples observar vários vídeos curtos do que ler muitos currículos e respetiva carta de apresentação.
Ao longo das aulas de empreendedorismo, a turma tem, igualmente, refletido acerca do que constituem as competências exigidas no século XXI e da sua importância na construção de um perfil de um futuro estudante do ensino superior ou trabalhador. Assim, pudemos concluir que, quanto maior for o conjunto de saberes e de domínios que adquirimos, maior será a possibilidade de sermos aceites para uma determinada vaga a que nos candidatamos. Esta aprendizagem permite-nos ter consciência das competências que temos ainda de desenvolver a fim de criarmos um currículo completo e rigoroso e de estarmos preparados para as adversidades que encontraremos ao longo do nosso percurso académico e profissional.

Autoras:

Bárbara Vitorino, 12ºB
Inês Cunha, 12ºA

Ler mais ...

Direito à Solidariedade? Pobreza em Portugal e na Europa


A crise económica de 2008 despoletou um agravamento da taxa de desemprego, principalmente, nos jovens. Esta situação determinou um aumento da emigração e a consequente diminuição do poder de compra das famílias portuguesas, levando a estados de pobreza extremos. 
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de risco de pobreza subiu em 2012 para 18,7%, ou seja, afetava quase dois milhões de portugueses sobre o rendimento e as condições de vida dos indivíduos. Além disso, observa-se que os menores de 18 anos, as famílias com filhos a seu cargo e os desempregados são os mais afetados.
Adicionalmente, assistiu-se a uma redução de 0,343, em 2011 para 0,388, em 2012 no coeficiente de Gini, que mede as desigualdades de rendimento (este coeficiente assume o valor de 0 para países com igualdade de rendimentos e 1 para países com maior desigualdade de rendimentos). 

Segundo outro estudo realizado pela Pordata, a taxa de risco de pobreza aumentou no ano de 2013, fixando-se em 19,5% (após as transferências sociais). 
De acordo com os dados da OCDE, Portugal é um dos países onde se registam mais desigualdades sociais entre os 34 países da OCDE. 
Para finalizar, este é um problema que tem de ser solucionado, invertendo o cenário de forte desigualdade social que se observa em Portugal, de forma a garantir uma maior estabilidade económica e social, permitindo, assim, melhorar as condições de vida dos indivíduos mais afetados e consequentemente, da sociedade em geral. Esta situação pode ser revertida, com a adoção de medidas de combate à pobreza por parte do Estado e através de contribuições voluntárias e da intensificação do apoio prestado pelas Instituições Sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias.
Autora:

Jéssica Madeira, 12ºB

Atualmente, na União Europeia (UE) vivem-se tempos difíceis em consequência da crise financeira internacional que perturbou o funcionamento harmonioso da economia de alguns países membros, entre os quais se destaca Portugal. Neste contexto de crise, a UE está ainda a ser assolada por uma onda de refugiados que deve acolher, agindo desta forma de acordo com um dos seus princípios, a solidariedade.
O flagelo da pobreza e da exclusão social tem-se agravado muito nas últimas décadas.

“Quase 800 milhões de pessoas passam fome e não têm segurança alimentar e cerca de 1,2 mil milhões vivem com menos de 1 dólar por dia (dólares PPC, 1993). Mesmo nos países da OCDE, quase 8 milhões de pessoas estão subalimentadas. Só nos Estados Unidos, cerca de 40 milhões de pessoas não estão abrangidas pela segurança na saúde e um em cada cinco adultos é funcionalmente analfabeto.”
(PNUD 2000 – Relatório de Desenvolvimento Humano in BIT 2003, 12)

Neste panorama, o direito de solidariedade, consagrado na Constituição da República Portuguesa (CRP), no Capítulo II - Direitos e deveres sociais, Artigo 63.º - Segurança social e solidariedade, assume especial importância para os portugueses, bem como para todos os cidadãos do mundo.
No tocante a Portugal, a crise económica que deflagrou em 2008, levou ao agravamento dos níveis de pobreza. Segundo dados do INE existem cerca de dois milhões de portugueses em situação de pobreza absoluta, sendo que o risco de pobreza afeta cerca de vinte por cento da população portuguesa. 
Nestas circunstâncias, torna-se essencial que o Estado, no cumprimento das suas funções sociais, adote um conjunto de medidas que garantam o exercício do direito de solidariedade incumbindo-lhe, conforme o ponto nº 2 do Artigo 63º da CRP, organizar, coordenar e subsidiar um sistema de segurança social unificado e descentralizado, com a participação das associações sindicais, de outras organizações representativas dos trabalhadores e de associações representativas dos demais beneficiários e, de acordo com o ponto nº3 do mesmo artigo, apoiar e fiscalizar, nos termos da lei, a atividade e o funcionamento das instituições particulares de solidariedade social e de outras de reconhecido interesse público sem carácter lucrativo, com vista à prossecução de objetivos de solidariedade social consignados, nomeadamente, neste artigo, na alínea b) do n.º 2 do artigo 67.º, no artigo 69.º, na alínea e) do n.º 1 do artigo 70.º e nos artigos 71.º e 72.º. Neste sentido, as Instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias (ISFLSF) assumem um papel de relevante e crescente importância na sociedade atual, na medida em que estas funcionam como um intermediário no combate à pobreza, sendo, em muitas situações, o único meio de combate ao problema.
Por outro lado, a questão dos refugiados sírios é, também ela, um apelo à aplicação deste direito, na medida em que os países de acolhimento devem garantir as condições necessárias para que as pessoas recebidas possam reiniciar a sua vida, concedendo-lhes apoios em termos financeiros mas também em termos sociais. Assim, este princípio constitui um pilar fundamental no combate a esta realidade quer por parte do Estado, quer por parte da sociedade civil. Como afirma Rui Machete, "Estamos num momento crucial para a vida da Europa. É a ocasião oportuna para manifestar solidariedade perante o problema das migrações e demonstrar também que a nossa posição é claramente a favor daqueles que pretendem resolver ou mitigar de uma forma decisiva a questão humanitária das migrações".
Concluindo, o direito de solidariedade é muito importante, sendo necessário que as sociedades atuais se esforcem por aplicá-lo de forma eficaz tendo em vista, por um lado, a diminuição das desigualdades socias, e, por outro lado, a melhoria das condições de vida das populações que, a médio prazo, produzirá efeitos positivos no crescimento e desenvolvimento económico dos países.

Autora;

Mariana Magalhães, 12ºB

Ler mais ...

Do Estado Liberal ao Estado Social

Guiando a Liberdade, E. Delacroix

Estado Liberal

O Estado Liberal surgiu no século XVII, moldado pelos ideais filosóficos do pensamento liberal, após a Revolução Francesa, na França e na Inglaterra. A partir do século XVIII, já o resto do continente europeu e a América do Norte assentavam nos princípios do Estado Liberal.
O Estado Liberal surge como reação ao poder despótico do absolutismo real e assenta sobre os príncipios de : império da lei; salvaguarda dos direitos individuais tidos como direitos naturais; defesa do princípio de separação de poderes; atribuição aos tribunais da competência de zelar pela legalidade; possibilidade de recurso dos cidadãos para os tribunais, sempre que se julguem prejudicados pela Administração Pública. Assim, o Estado Liberal tem como grande objetivo zelar pela defesa dos direitos e liberdades individuais enquanto se abstém de interferir nas questões sociais ligadas à realização do bem-estar coletivo dos cidadãos.
New Deal, a resposta americana à Crise de 1929

Estado Social

A partir dos finais do século XIX, o abstencionismo estatal gerou situações gravosas para os direitos e liberdades individuais e coletivas levando assim a reações contra o Estado Liberal por parte de sindicalistas, socialistas e católicos com preocupações sociais. Por outro lado, as crises que seguiram às I e II Guerra Mundial levaram à necessidade do Estado abandonar a sua posição abstencionista e intervir no domínio da vida social, dando origem ao aparecimento do Estado Social.
O Estado Social procura exercer uma função corretiva das desigualdades sociais e supletiva em relação à iniciativa privada, sem deixar de reconhecer a iniciativa e as liberdades individuais, evitando as características demasiado individualistas e abstencionistas do Estado Liberal. Uma das maiores preocupações do Estado Social passa pela tutela dos direitos na sua dimensão social, económica e cultural, surgindo assim neste estado uma nova categoria de direitos genericamente conhecidos como ‘’direitos sociais’’, tais como o direito à saúde, à educação, à habitação, à proteção do ambiente, à segurança, entre muitos outros.
Reportagem do 1º Subsídio de Férias em França (1937)
Nesta conceção de Estado são tradicionalmente apontados como requisitos do Estado Social os seguintes: o império da lei (que expressa a vontade geral do povo, tendo de subordinar à lei fundamental que é a Constituição); a separação de poderes – legislativo, executivo e judicial, sendo que o poder judicial deve funcionar de forma independente; legalidade da administração (o Estado submete-se à sua própria lei); direitos e liberdades fundamentais – garantia jurídico-formal e efetiva realização material dos mesmos.

Estado Democrático

O Estado Democrático é a evolução do Estado Social, que postula a democracia representativa e pluralista. Portugal é assim um estado designado de direito democrático baseado na soberania popular, no respeito e na garantia de efetivação dos direitos e liberdades fundamentais, com orgãos de soberania interdependentes, que visa a realização da democracia económica, social e cultural tal como o aprofundamento da democracia participativa.

Autor:

António Oliveira, 12ºB
Ler mais ...

A nova nota de 20€

Mario Draghi na apresentação da nova nota de 20€

A nova nota de 20 €, que já entrou em circulação, traz consigo muitas medidas de segurança que evitarão uma fraude e falsificação. Esta é a terceira alteração das notas do euro sendo que as já alteradas são as de 5 € e 10 €. Estas mudanças foram aplicadas por Mario Draghi, economista italiano que é o atual presidente do Banco Central Europeu.
Símbolo do Euro, Banco Central Europeu (Frankfurt)

Efetivamente, a nota de 20 € conta com vários mecanismos anti falsificação. Segundo o Banco de Portugal, a nota de 20 euros é a que tem mais contrafações apreendidas, pelo que aos elementos de segurança já conhecidos, como o holograma, a marca de água e o número esmeralda, a nova nota vai ser mais resistente à falsificação por causa de uma janela com retrato no holograma que, observada contra a luz, torna visível um retrato da deusa Europa, observado na frente e verso.

Como vimos, a nova nota de 20 € tem, não só uma apresentação diferente, como pormenores importantes para conseguir distingui-la das possíveis notas falsificadas. Depois de já terem entrado em circulação as novas notas de 5 €, 10 € e 20 €, entrarão as de 50 €, 100 €, 200 € e 500 € num futuro próximo.

Autores:

Diogo Almeida, 10ºB
Bruno Mota, 10ºB
Ler mais ...

Evolução do PIB (2011-2015): austeridade que dá frutos

Fonte: risconeutro.pt

É habitual ouvir-se que a austeridade é má para o país. Por vezes, com razões válidas, outras, não tanto. A análise à evolução do PIB português pode tornar mais claros os argumentos dos defensores das medidas de austeridade.
De acordo com os dados publicados em 2015 pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) e pelo Banco de Portugal no seu boletim estatístico de novembro, o PIB português decresceu nos anos de 2009, 2011 e 2012, no entanto, em 2014, evoluiu positivamente, apresentando uma taxa de crescimento nominal de 2,2%, embora o seu crescimento real tenha sido apenas de 0,9% o que indicia uma subida de preços no ano em questão. Nos primeiros trimestres de 2015 o PIB continuou a crescer mas de forma mais lenta.

Passando à análise das componentes do PIB, verifica-se que todas contribuíram para a evolução observada. 
No que toca ao consumo privado podemos destacar que este, no período de 2008 a 2014, apresentou maioritariamente valores negativos, sendo que, após um período de três anos nos quais a evolução desta componente foi somente negativa, em 2014 voltou-se a registar uma variação positiva que chegou aos 2,8%, correspondente a um aumento de 3107 milhões de euros.
O consumo público, ao contrário do consumo privado, não registou nenhum aumento anual positivo, à exceção de 2008 onde se verificou um crescimento de 2,7%. Assim, no período de tempo de 2009 a 2014, o consumo público registou uma variação somente negativa, 
O investimento, à semelhança do consumo privado, apresentou um período de 3 anos (2011-2013) ao longo do qual a sua evolução foi negativa chegando a atingir valores próximos dos -20%. Contudo, apesar dessa diminuição, em 2014 registou-se, finalmente, um crescimento de 5% correspondente a 1217 milhões de euros a mais que no ano anterior.
Quanto às exportações podemos destacar que estas apresentaram uma evolução positiva ao longo de todo o período em análise, sendo a excessão à regra o ano de 2009 no qual o seu crescimento foi de -14,7%. No entanto é importante salientar que o seu ritmo de crescimento tem vindo a abrandar nos últimos anos.
Relativamente às importações, no geral, têm revelado a mesma tendência das exportações, no entanto é importante referir que as exportações abrandaram o seu crescimento enquanto as importações crescem a um o ritmo superior.
Deste modo, pode-se afirmar que Portugal continua com uma Balança Comercial superavitária. 
Concluindo, pode afirmar-se que a economia começa a apresentar sinais de retoma no entanto estes são ainda pouco significativos dado que o crescimento do PIB registado em 2014 e nos primeiros trimestres de 2015 é ainda pouco expressivo. Assim sendo, ainda é cedo para poder afirmar que a austeridade está a dar frutos pois, os seus efeitos no crescimento económico demorarão mais algum tempo a  fazerem-se sentir contudo existem já sinais de que se poderão obter resultados positivos para a economia até porque as previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) são otimistas relativamente à economia portuguesa.
Portugal e Europa: duas faces da mesma moeda

Ángel Gurría durante a apresentação pública do relatório de diagnóstico 'Uma estratégia de competências para Portugal', que decorre em Lisboa declarou que:

"O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) atingiu os 0,9% em 2014, e esperamos que atinja, no mínimo, entre 1,3% e 1,5% em 2015 e que continue nessa progressão mais perto dos 2% em 2016"

O secretário-geral da OCDE afirmou em abril deste ano que a economia portuguesa poderá crescer entre 1,3% e 1,5% em 2015, podendo chegar aos 2% em 2016, beneficiando da desvalorização do petróleo e do euro.

Autor:

Bruno Cruz, 11ºB
Ler mais ...