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quinta-feira, 30 de junho de 2016

COP21 is just the beginning


De 30 de novembro a 11 de dezembro de 2015, decorreu a 21ª Conferência do Clima (COP 21), em Paris. Nesta conferência participaram os representantes de 195 países. Esta conferência tinha como principal objetivo criar um novo acordo para diminuir a libertação de gases com efeito de estufa para a atmosfera, tentando diminuir assim o aquecimento global. O objetivo a longo prazo do acordo é manter a subida no aquecimento global "muito abaixo de 2ºC". 
A conferência surgiu quando os cientistas perceberam que a poluição gerada depois da Revolução Industrial (século XIX) trazia consequências negativas para a Natureza e até para o ser humano. Assim, assinou-se a Convenção do Clima e, desde então, tem havido COP's todos os anos. 
Nesta conferência, os países desenvolvidos não queriam cortar demasiado a libertação de gases com efeitos de estufa, pois isso afetaria o seu crescimento económico. Para além disso, não tinham intenções de ajudar economicamente os países em desenvolvimento (PED). Por outro lado, os países em desenvolvimento afirmaram que, sem o seu desenvolvimento e sem o investimento suficiente para esta causa, não era possível a obtenção dos efeitos pretendidos. Apesar de estes países se comprometerem a fazer o que estiver ao seu alcance, alguns deles deverão ter mais dificuldades, pois a economia dos seus países não lhes permite fazer grandes investimentos, para além das suas prioridades serem outras, como a saúde e a alimentação da população.
Então, ficou acordado que os países mais desenvolvidos (PD) deviam financiar os menos desenvolvidos, para estes recuperarem dos danos causados pelas mudanças climáticas, que por sua vez foram causadas pelos países mais desenvolvidos, sendo acompanhados no esforço pela China, Coreia do Sul, Singapura e nações ricas em petróleo. Os PED devem todavia continuar a melhorar os esforços de luta contra o aquecimento global, de acordo com a sua situação nacional, e os PD irão contribuir com 100 mil milhões por ano em medidas de combate à mudança do clima e adaptação nos PED, financiando a transição para energias limpas e a adaptação aos efeitos do aquecimento.
Para além disso, os países em desenvolvimento também precisam de dinheiro para adaptar as suas economias, de maneira a poluir menos. Porém, este financiamento apenas deve durar até 2025, pois nessa altura o valor deverá ser novamente discutido. O acordo inclui também um mecanismo para revisão das promessas nacionais dos países para reverem as suas metas de desaceleração das emissões dos gases com efeito de estufa. 
Para Francisco Ferreira, da delegação portuguesa “foi um dia histórico para o ambiente. Mas só passa a ser histórico quando se concretizarem os objetivos. Estes são desafios enormes, quase utópicos, mas que devem ser encarados como absolutamente necessários." Ainda na opinião de Francisco Ferreira, Portugal "tem um quadro estratégico para o clima, mas tem de começar a concretizar medidas indispensáveis. Uma delas é deixar de financiar as centrais a carvão que temos." Por outro lado, o especialista ambiental diz que o país deve apostar em transportes públicos, nos veículos elétricos, nas energias renováveis e sensibilizar as pessoas para um consumo mais sustentável. Se tudo o que foi acordado for cumprido, pensa-se que na segunda metade deste século os combustíveis fósseis terão sido abandonados e que serão anuladas as emissões de gases com efeito de estufa, pela sua absorção por florestas ou pela sua captura e armazenamento.
Esta conferência foi bastante positiva para o desenvolvimento do conhecimento científico e demonstra a união dos países de todo o mundo numa causa que é potencialmente fatal para a nossa espécie. Os governos devem assim agora transformar palavras em ações, com políticas que façam progressos efetivos sobre as promessas de redução.
A igualdade entre género, etnias e religiões, temas aparentemente desconexos deste assunto, foram também tratados ao longo deste encontro, por se considerar contribuírem para a construção de uma sociedade mais justa.

Autores:

António Magalhães, 8ºA
Ana Mafalda Caetano, , 8ºA
Catarina Lopes, 8ºA
Marta Barbosa, 8ºB