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sexta-feira, 7 de abril de 2017

Ciclo das rochas





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Entre Roma e Maastricht - a Europa foi-se construindo

Roma 2017

Roma - 60 Anos do Tratado da CEE

Este ano celebra-se os 60 anos do Tratado de Roma que foi assinado a 25 de março de 1957 e deu origem à CEE (Comunidade Económica Europeia) e à CEEA ou EURATOM (Comunidade Europeia da Energia Atómica). Este tratado surgiu da necessidade de criação de um projeto de reconstrução da Europa, com base nos valores da paz, da democracia e do desenvolvimento, e assente na cooperação entre países vencedores e vencidos.
Após a 2ª guerra mundial, os países europeus ficaram economicamente e socialmente destruídos. Foi neste contexto que começaram a surgir os primeiros passos rumo à construção europeia. 
A 9 de maio de 1950, Robert Schuman propôs uma nova forma de cooperação política para a Europa, para garantir uma paz duradoura e o desenvolvimento económico que consistia no controlo conjunto da produção dos recursos mineiros que constituíam as matérias-primas essenciais ao fabrico de armamento e à industrialização da Europa, o carvão e aço. 
Na sequência desta proposta, que ficou conhecida como Declaração Schuman, em 1951 é assinado o Tratado de Paris entre seis países, França, Itália, Alemanha, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo, que criou a Comunidade Económica do Carvão e do Aço (CECA) pondo de parte as rivalidades do passado e lançando a ideia de prosseguir na integração europeia. Um dos mentores desta ideia de construção europeia foi Jean Monnet, segundo o qual, a construção de uma europa unida se faria passo a passo, aprofundando progressivamente a integração entre os estados-membros. Além do mais, já estava já previsto na Declaração Schuman: "A Europa não se fará de uma só vez nem obedecendo a um plano único: ela será construída através de realizações concretas baseadas numa solidariedade efetiva" 
Tratado de Roma, 1957
No dia 25 de março de 1957, após longas negociações entre os seis países fundadores da CECA, é assinado o Tratado de Roma que pretendia ser mais um passo no processo de integração europeia. Foi fundada a Comunidade Económica Europeia (CEE) com o objetivo de criar um mercado comum para todas as mercadorias.
A partir daí, o projeto de construção europeia foi evoluindo gradualmente. Atualmente, a União Europeia tem 28 países-membros e é uma união económica que corresponde a uma forma de integração económica na qual o mercado comum coexiste com a definição da maioria das políticas em comum, no âmbito de órgãos supranacionais.
Finalmente, importa destacar que o Tratado de Roma foi muito importante para a União Europeia, uma vez que se tornou o impulsionador de grandes inovações e progresso nos diferentes países-membros. Ao longo dos anos, este tratado permitiu que as mercadorias circulassem com mais facilidade entre os países, o que se refletiu no aumento das trocas comerciais, intensificação dos investimentos, aumentou do número e da variedade de produtos à disposição dos consumidores europeus, entre outros. 
Assim, o dia 25 de março é uma data que deve ser celebrada em todos os estados-membros. Este ano, dado que se comemoram 60 anos da assinatura deste tratado, a data foi recordada com uma audiência geral no Vaticano com o Papa Francisco e os chefes de Estado e do Governo. Nesta audiência, o Papa reforçou o papel da igreja no projeto europeu.



Maastricht - 25 Anos do Tratado da União Europeia

A 7 de fevereiro de 1992, foi assinado pelos Ministros das Finanças e pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros de cada Estado-Membro, o Tratado da União Europeia, também conhecido como Tratado de Maastricht, que constituiu um marco importante no processo de integração na Europa. A partir desta data, a Comunidade Europeia passou a designar-se União Europeia.
Este tratado emanava novas ambições para o projeto europeu, instituindo: políticas comuns, o mercado único, a união económica e monetária e a cidadania europeia. Assim sendo, os 12 Estados membros que nessa altura constituíam a CE (Comunidade Económica) deixaram de ter soberania total na definição de algumas políticas, por exemplo, a política monetário passou a ser da responsabilidade do Banco Central Europeu. O mercado único tornou-se uma realidade, ou seja, os países suprimiram todas as barreiras alfandegárias e físicas à livre circulação de mercadorias, serviços, pessoas e capitais. Para além disso, criou-se uma moeda única, o Euro, que entrou em circulação em 1 de janeiro de 2002. Por último, uma das grandes inovações deste tratado, a instituição de uma cidadania europeia, paralela à cidadania nacional, que comporta um conjunto de direitos e deveres que vêm associar-se aos que decorrem da qualidade de cidadão de um estado–membro.   
Maastricht 1992
Desta forma, o mercado europeu tornou-se num único mercado de grande dimensão com muitas vantagens para os cidadãos e para as economias nacionais. 
Decorridos 25 anos da assinatura do Tratado de Maastricht, novas tensões internas e externas colocam à prova a solidez da construção europeia, designadamente, as crises económicas, a situação da Grécia, a migração e os refugiados e, mais recentemente, a saída do Reino Unido desta união. Como é salientado por Jean Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia: “Aqueles que pensam que chegou o tempo de desconstruir, de fazer da Europa uma manta de retalhos, de nos dividir em espaços nacionais, estão completamente enganados. Não existiremos como nações sem a União Europeia.”
A esse propósito, também o nosso antigo Primeiro Ministro, Aníbal Cavaco Silva, referiu o seguinte: “Considero um erro assacar às insuficiências de Maastricht e ao Euro a responsabilidade pela crise com que os países da União Europeia se vêm defrontando nos últimos anos. Como afirmei em 1992, o Tratado não era um fim, mas o começo de um novo ciclo”. Apesar do Tratado não conseguir evitar certos problemas, é importante salientar que a Europa nunca teve tanto tempo de paz e de prosperidade. Logo, cabe aos líderes de hoje permanecer firmes às ideias definidas à 25 anos atrás.

Autoras:

Bárbara Pinto, 11ºB
Sara Freitas, 11ºB



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Parlamento dos Jovens - discutindo a Constituição

Sessão de abertura com o deputado da Assembleia da República, João Torres

O programa Parlamento dos Jovens, aprovado pela Resolução n.º 42/2006, de 2 de junho, é uma iniciativa da Assembleia da República, dirigida aos jovens dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, de escolas do ensino público, privado e cooperativo do Continente, das Regiões Autónomas e dos círculos da Europa e de Fora da Europa.
O Parlamento dos Jovens consiste no debate de temas da atualidade por alunos e alunas, tendo então por objetivo a promoção a educação para a cidadania e o interesse dos jovens para estes temas. Deste modo, o programa consiste em três fases, primeiramente, a nível escolar, depois nível a distrital, em que os alunos de cada distrito debatem sobre o tema e chegam a um consenso de levar um conjunto de medidas, sendo que apenas um número reduzido de escolas (dependendo do número de escolas inscritas em cada distrito) para a segunda fase do concurso. Por fim , a última fase é a nível nacional que decorrerá em Lisboa na Assembleia da República, o Parlamento. Nesta etapa as escolas que conseguiram avançar para esta fase estipulam um conjunto de medidas que será proposto ao Parlamento Nacional.
No mês de março decorreu na Maia a Sessão Distrital do Porto, com as alunas Joana Moreira, Mafalda Campos e Beatriz Ramiro, num tom de representar o Colégio Casa Mãe. passaram à fase nacional do “Parlamento dos Jovens” cujo tema era baseado na atual Constituição e desafios aos poder local. De entre, aproximadamente, 50 escolas, o Colégio Casa-Mãe, em terceiro lugar, avançou rumo à capital. No próximo número traremos as notícias dessa viagem...

Autora:

Beatriz Ramiro, 12ºB

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Entrevista à diretora do Museu de Penafiel


O Museu Municipal de Penafiel é uma Instituição fundamental na dinamização cultural do Vale do Sousa. Por esse motivo, a entrevista à Dr.ª. Maria José Mendes da Costa Ferreira dos Santos, diretora deste museu, reveste-se de grande interesse.

CCM News:
Quem fundou o museu e em que ano?

Museu de Penafiel:
O museu de Penafiel foi fundado por Abílio Miranda, no ano de 1948.

CCM News:
Conte-nos um pouco mais sobre a história do fundador.

Museu de Penafiel:
Abílio Miranda era o farmacêutico da cidade de Penafiel. Este também era estudioso local e delegado da junta de educação nacional. Abílio interessava-se por questões de arqueologia, do património e da história. Este senhor foi o que mais batalhou, durante vários anos para que Penafiel tivesse um museu. Por causa do esforço do mesmo, o museu acabou por ser fundado.

CCM News:
Porque a cidade de Penafiel tem este nome?

Museu de Penafiel:
Antes de Portugal existir, no Séc. XI, Penafiel de Canas ou Penafiel de Sousa era o nome que se atribuía ao lugar onde estava o castelo de Penafiel. Na altura da alta idade média, os territórios tinham fortificações militares, porque era uma altura em que se estava a processar a reconquista cristã. Quando D. José elevou o lugar que durante toda a Idade Média se chama Arrifana de Sousa à categoria de cidade, resolveu atribuir á cidade o nome de Penafiel, ou seja, foi só a partir do Séc. XVIII que esta cidade se começou a chamar de Penafiel.
Acha que as crianças penafidelenses conhecem bem a história da sua cidade?
Eu não diria que conhecem bem. Diria que vão conhecendo através do seu percurso escolar e das visitas que faze ao museu, à biblioteca e ao arquivo. Aqui no museu, nós tentamos, na Sala da Identidade, fazer-lhes o enquadramento da história.

CCM News:
Sala de Arqueologia
Na sua opinião, qual é a Sala que cativa mais as crianças?

Museu de Penafiel:
Na minha opinião, todas as Salas têm o seu ponto de interesse para todos os tipos de público, para crianças, jovens, adultos e idosos. Contudo, se calhar por causa daquela interação que se tem com as lampreias do olhómetro, com os ecrãs táteis, a Sala do Território acaba por ter um interesse acrescido. Por outro lado, a Sala da Arqueologia, para as crianças é muito interessante quando nós vamos subir a plataforma central, do cemitério, eles podem ver aquilo que é realmente um sepulcrário Romano das escavações do castro do Monte Mozinho.

CCM News:
Podia-nos resumir o conteúdo de todas as salas?

Museu de Penafiel:
Na exposição permanente do museu, existem 5 salas. A primeira sala da exposição permanente é a Sala da Identidade. É uma sala onde procuramos retratar a evolução histórica do concelho desde o Séc. XX até à atualidade, apresentando os respetivos documentos. Aqui também retratamos o S. Jorge, não porque haja um culto religioso muito grande, mas sim por causa da ligação às festas do Corpo de Deus. No mesmo local está exposta a colcha municipal que é um orgulho para os penafidelenses, e também faz-se alusão ao Padre Américo, que foi o fundador da casa do Gaiato. Na segunda sala, a Sala do Território apresenta alguns marcos sobre diversos tipos de territórios. Aqui também está presente o Olhómetro, onde as pessoas podem ver 5 filmes diferentes que retratam diferentes tipos de território. Também se pode explorar o território, nos ecrãs táteis que têm vistas de 360º.De seguida temos a sala da arqueologia onde possuímos mais de 5 milénios de história, portanto é aqui retratado o percurso cronológico, desde o megalitismo até ao final da época romana. Na quarta exposição, na Sala dos Ofícios é retratado, a partir de duas linhas condutoras, que têm por base duas matérias-primas diferentes, por um lado o ferro e por outro lado, a madeira, não só o património cultural, com a alusão às duas principais festas do concelho (o Corpo de Deus e a Feira de S. Martinho) como também os ofícios e as profissões mais importantes do nosso território e que, infelizmente grande parte delas já tende a desaparecer (ferreiros, cesteiros, agricultores, sapateiros, tamanqueiros, pauzeiros, tanoaria e carpintaria).Por fim, na Sala da Terra e da Água, é referida a importância destes dois elementos na agricultura, na parte rural e na economia penafidelense. Aqui também é feita uma referência à Casa Tradicional.

CCM News:
Nos últimos domingos de todos os meses, fazem o domingo no museu. Qual é o objetivo dessa atividade?

Museu de Penafiel:
Com as visitas escolares que tínhamos, para além da visita ao museu, era feita uma oficina prática, para consolidar os seus conhecimentos. Então, começamos a perceber que esses meninos que vinham durante a semana com a escola, ao fim de semana, também vinham com a família. Contudo, estes ficavam muito desiludidos, pois não tinham as tais atividades. Por isso, resolvemos criar este programa para as famílias. Este projeto gira em torno de um tema, dado pelo objeto que nós selecionamos para ser o objeto do mês, o que também nos permite dar a conhecer aos nossos visitantes a grande diversidade da coleção do museu (o que está apresentado nas exposições permanentes corresponde a 10% do total que é a nossa coleção). O objetivo é que as crianças, acompanhadas da sua família, trabalhem com eles na oficina, durante esse espaço de tempo. Estas atividades não precisam de marcação.

Entrevistadora:

Leonor Viva, 7ºB
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Aparições de Fátima: as sociedades modernas e a religião


O Centenário das Aparições em Fátima está a chegar e com ele discussões sobre o religioso nas sociedades contemporâneas, e, especificamente o fenómeno Fátima.
Foi a 13 de maio de 1917 que três crianças Jacinta, 7 anos, Francisco, 9, e Lúcia, 10 afirmaram ter visto "uma senhora mais branca que o Sol", sobre uma azinheira, enquanto pastoreavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, lugar da freguesia de Fátima. A aparição repetiu-se nos meses seguintes, sendo portadora de uma mensagem ao mundo até que, a 13 de outubro, se terá revelado como Nossa
Senhora do Rosário. A narrativa é feita por Lúcia, a mais velha dos três pastorinhos (e que sobreviveria até 2005, enquanto os primos morreram pouco depois dos eventos de Fátima, vítimas da Gripe Espanhola) e a única, também, que dizia falar com a aparição. É ela ainda a portadora do chamado Segredo de Fátima, constituído por três partes de caráter profético: a primeira parte é uma visão do inferno, a segunda a devoção a Maria. A última foi mantida no maior secretismo até ao ano 2000, quando o cardeal Ratzinger (que se tornaria o Papa Bento XVI) decidiu divulgar o texto ao mundo. Aludia a um ataque a um "bispo vestido de branco", interpretado pela Igreja como referência a um acontecimento específico: o atentado a João Paulo II, a 13 de maio de 1981. O  atual Papa, Francisco, estará em Fátima para celebrar o centenário das aparições, num momento que está a gerar grande expectativa.
A realidade contemporânea mostra-nos uma centralidade e transversalidade da "religião" em todos os domínios do social, mesmo que os praticantes tenham diminuído nos templos ou abracem credos mais minoritários, cansados das religiões institucionais. Ainda que a religião, não faça parte da vida de muitos jovens, ela continua a ser um fenómenos social importante. No próximo mês de maio, a Cova da Iria levará muitos a refletirem sobre a religiosidade das suas existências ou provocará uma discussão acesa sobre a dimensão alienante do religioso. as religiões potenciam a humanidades dos seres humanos ou escravizam-nos: eis a questão...

Autoras:

Dânia Neto, 9ºA
Catarina Lopes, 9ºA
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100 anos de "Ultimatum Futurista"

Óleo de Almada Negreiros, s/ título, 1940

Autoretrato de Almada
"Eu não pertenço a nenhuma das gerações revolucionárias. Eu pertenço a uma geração construtiva. (.) É preciso criar a pátria portuguesa do século XX. O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem, Portugueses, só vos faltam as qualidades." É desta forma que Almada-Negreiros dá início, há precisamente 100 anos, ao seu «Ultimatum Futurista». Artista e escritor polifacetado, José de Almada-Negreiros nasceu a 7 de Abril de 1893, em S. Tomé e Príncipe, e morreu a 15 de Junho de 1970, em Lisboa. 
A mensagem, provocatória, de Almada está impregnada do espírito Futurista, que se iniciara em 1909 com o manifesto de Filippo Tommaso Marinetti publicado na revista Le Fígaro. O texto dedicado às gerações portuguesas decadentes, foi lido por Almada Negreiros em abril de 1917, num espetáculo no Teatro República com outros representantes da Geração d'Orpheu.  Os temas centrais são a guerra e um novo patriotismo anti-saudosista, anti-democrático, baseado na concorrência técnica e vital entre povos.
Revista "Portugal Futurista"
Uns meses depois, em novembro, este "Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século XX" seria publicado naquele que foi o único número da revista Portugal Futurista. Também lá estavam poemas de Mário de Sá-Carneiro e de Pessoa, o melhor do futurismo estrangeiro, uma homenagem a Santa-Rita Pintor, a reprodução de quadros de Amadeo de Souza-Cardoso e outro "ultimatum", o de Álvaro de Campos, onde o heterónimo de Pessoa se declarava contra uma Europa onde "homens, nações, intuitos está tudo nulo!" A revista, por sorte, escapou à censura prévia que vigorava em tempo de guerra.
Após a sua leitura terão oportunidade de constatar o quanto ele está atualizado. Mais, o quanto as suas palavras são intemporais, aplicando até aos nossos dias. Deixamos, em jeito de provocação, a parte final do texto de Almada Negreiros. Divirtam-se...

"Para criar a pátria portuguesa do século XX não são necessárias fórmulas nem
teorias; existe apenas uma imposição urgente: Se sois homens sede Homens, se sois
mulheres sede Mulheres da vossa época.
Vós, ó portugueses da minha geração, que, como eu, não tendes culpa nenhuma de
serdes portugueses.
Insultai o perigo.
Atirai-vos prà glória da aventura.
Desejai o record.
Dispensai as pacíficas e coxas recompensas da longevidade.
Divinizai o Orgulho.
Rezai a Luxúria.
Fazei predominar os sentimentos fortes sobre os agradáveis.
Tende a arrogância dos sãos e dos completos.
Fazei a apologia da Força e da Inteligência.
Fazei despertar o cérebro espontaneamente genial da Raça Latina.
Tentai vós mesmos o Homem Definitivo.
Abandonai os políticos de todas as opiniões: o patriotismo condicional degenera e
suja; o patriotismo desinteressado glorifica e lava.
Fazei a apoteose dos Vencedores, seja qual for o sentido, basta que sejam
Vencedores. Ajudai a morrer os vencidos.
Gritai nas razões das vossas existências que tendes direito a uma pátria civilizada.
Aproveitai sobretudo este momento único em que a guerra da Europa vos convida
a entrardes prà Civilização.
O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades
e todos os defeitos. Coragem, Portugueses, só vos faltam as qualidades."

Autoras:

Dânia Neto, 9ºA
Catarina Lopes, 9ºA
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Barragem do Carrapatelo




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quinta-feira, 6 de abril de 2017

Nobel para teóricos dos contratos de trabalho


No passado dia 10 de outubro, o mundo acordou com um novo prémio Nobel de Economia atribuído a duas faces conhecidas: Oliver Hart , um professor na Universidade de Harvard e Bengt Holmström, economista e professor no instituto tecnológico de Massachusetts (MIT).
A sua tese incidiu sobre a teoria dos contratos. Assim, segundo estes economistas, os contratos são fundamentais como base para a construção de boas relações económicas. Oliver Hart, numa entrevista à universidade de Harvard afirma que não se reconfortará apenas com esta grande contribuição para o conhecimento económico. Num futuro próximo, dará início a uma nova investigação que procurará responder à questão problema: "Quais devem ser os objetivos de uma empresa pública?" Deste modo, apesar de já várias personalidades terem ganho este prémio em edições anteriores, a teoria contratual é extremamente importante para atualidade pois permite consolidar a base do conhecimento sobre a economia e as relações estabelecidas entre os diversos intervenientes da atividade económica.

Autor:

Bruno Mota, 11ºB

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Conservas Ramirez


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Indústrias tradicionais renascem


Atualmente, Portugal tem assistido a um intenso rejuvenescimento da indústria. Cada vez mais as indústrias tradicionais, como os têxteis, a cortiça, o calçado e até a agricultura, têm melhorado gradualmente ultrapassando períodos de extremas dificuldades. De qualquer forma, devido às capacidades inovadoras e empreendedoras dos empresários portugueses, os obstáculos foram sempre ultrapassados e vemos agora muitas destas indústrias tradicionais no topo da economia portuguesa.
Assim, pondo em perspetiva, há vinte ou trinta anos atrás olhavam para as indústrias chamadas de tradicionais e ignoravam-nas, certamente não seriam importantes, o importante eram as indústrias modernas, as tecnologias sim, essas eram o futuro da economia. Mas contra tudo e todos, essas mesmas indústrias são agora o orgulho do país. Hoje, a agricultura representa 2% do PIB e prevê-se que a indústria têxtil, este ano, consiga alcançar ou até bater o seu recorde de exportações (um valor de cerca de 5000 milhões de euros). Após dez anos de “azar”, a cortiça voltou a exportar em números estrondosos chegando até aos 900 milhões de euros. Mas o caso de que nos podemos admirar mais e, de facto, o calçado que em sete anos aumentou as suas exportações em 34%.
Segundo as análises feitas a este fenómeno, teoriza-se que a razão para todas as tormentas foi a integração na zona euro, isto é, a adoção da moeda única. Foi essa situação que abalou gigantes números de postos de trabalho e levou muitas empresas à bancarrota ou quase. Uma outra razão foi o facto de Portugal se ter exposto a mercados muito concorrenciais como é a China. Assim, um dos numerosos exemplos de desgraças e a incrível descida da capacidade empregadora da indústria da cortiça, a qual perdeu metade da sua força de trabalho restando hoje 8000 empregos.
Depois de tal tragédia, Portugal reagiu da melhor forma, apostando fortemente na inovação, tecnologia dos seus serviços e dos seus produtos, tornando-os dignos da concorrência externa. Para essa reviravolta, contribuíram grandes empresários, como Manuel Carlos (da área do calçado) e muitos outros ligados, por exemplo, à agricultura da área do Ribatejo e Alentejo. Foram estes empreendedores que promoveram a transformação económica em Portugal levando o país a conquistar o lugar onde se encontra hoje.

Autor:

Tiago Ribeiro, 11ºB

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Multilinguismo: um mundo de oportunidades


A maioria das pessoas fala mais do que uma língua, o que indica que o cérebro pode ter evoluído de modo a funcionar em várias linguagens. Se assim for, o que perde quem fala apenas um idioma? O que ganha quem fala mais do que uma líbgua?
Em todo o mundo, mais de metade das pessoas (60 a 75 por cento, dependendo das estimativas) falam pelo menos dois idiomas. Muitos países têm mais do que uma língua oficial – a África do Sul tem onze. Para além disso, nos dias que correm, cada vez se exige mais saber falar, ler e escrever pelo menos numa das “superlínguas” mundiais: inglês, chinês, hindi, espanhol ou árabe. Assim, ser monolingue, como são muitos falantes de inglês, é estar em minoria, e talvez ficar a perder.
O multilinguismo tem demonstrado muitas vantagens ao nível social, psicológico e de estilo de vida. Os investigadores estão também a descobrir uma vasta série de benefícios de saúde que resultam de falar mais do que uma língua, incluindo a capacidade de recuperar mais rapidamente após um enfarte e a manifestação mais tardia dos sintomas de demência.
Será que o cérebro humano evoluiu para ser multilingue e que aqueles que falam apenas um idioma não estão a tirar o máximo partido do seu potencial? E num mundo que perde idiomas mais rápido do que nunca – ao ritmo atual de um a cada quinze dias, quando chegarmos ao fim do século metade deles estarão extintos – o que acontecerá se a atual multiplicidade de línguas desaparecer e a maioria dos habitantes do planeta acabar por só falar uma?
Ao longo do tempo, grupos diferentes de humanos primitivos terão começado a falar idiomas diferentes. Depois, de forma a poderem comunicar com outros grupos – para fazer trocas, em viagem, etc. – alguns dos membros de uma família ou grupo teriam de aprender outros idiomas. Noutros tempos, o bilinguismo era desaconselhado, e afirmava-se que as crianças bilingues poderiam confundir-se com as duas línguas e vir por isso a ser menos inteligentes, a ter menos autoestima, a ter comportamentos desviantes ou até mesmo a desenvolver dupla personalidade ou esquizofrenia.
Entretanto, a pesquisa feita ao longo da última década por neurologistas, psicólogos e linguistas, apoiada nos mais recentes desenvolvimentos da neuroimagiologia, tem revelado uma série de benefícios cognitivos para os bilingues. Tem tudo a ver com a forma como as nossas mentes admiravelmente flexíveis conseguem aprender a desempenhar várias tarefas ao mesmo tempo.
Nunca é tarde para aprender uma língua nova, e a experiência pode ser muito gratificante. Há quem diga que é demasiado difícil aprender línguas em adulto. Mas diria que se torna bem mais fácil a partir dos oito anos de idade. Um bebé demora três anos a aprender uma língua, ao passo que um adulto consegue fazê-lo em poucos meses. Como demonstra a investigação recente, não é tempo perdido. O bilinguismo pode ajudar as nossas cabeças a trabalhar melhor e até mais tarde, pela velhice dentro, o que pode vir a ter um enorme impacto na forma como ensinamos os nossos filhos, assim como na nossa relação com os idosos. Entretanto, faz todo o sentido falar, hablar, parler, sprechen, beszél, berbicara e to speak em tantas línguas quantas nos for possível.

Autores:

Dânia Neto, 9ºA
Catarina Lopes, 9ºA


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Espaço Schengen - liberdade e segurança, diferentes ou complementares?


Num tempo em que se coloca em causa, em várias sociedades europeias, a manutenção do espaço Schengen, será salutar, para a discussão, prestarmos atenção ao que é este espaço, como nasceu e quais são os princípios que estão inerentes à sua criação.
O acordo Schengen é uma convenção entre países sobre uma política de abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas e bens entre países.

Como aderir ao Espaço Schengen?

  • Responsabilidade de controlo das fronteiras externas ao Espaço Schengen em nome dos países membros;
  • Cooperação com os restantes países
  • Aplicar um conjunto de regras de Schengen
  • Utilizar o sistema de informação de Schengen

O acordo de Schengen, que deu origem a este espaço, foi assim denominado em alusão a Schengen, localidade luxemburguesa situada às margens do rio Mosela e próxima à tríplice fronteira entre Alemanha, França e Luxemburgo. Ali, em junho de 1985, foi firmado o acordo de livre circulação envolvendo cinco países, abolindo-se controles de fronteiras, de modo que as deslocações entre esses países passaram a ser tratados como viagens domésticas. Posteriormente alargou-se esse espaço a outros países. No entanto, o princípio foi sempre o mesmo, liberdade de circulação de pessoas e bens.

Autora:

Cláudia Rocha, 11ºB

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Santo Sepulcro vê a luz do dia...


A crucificação de Jesus ocorreu no ano de 33 d.C. Jesus foi preso e julgado pelo Sinédrio e condenado por Pôncio Pilatos. Após a sua condenação, Jesus enfrentou 18 horas de tortura (Calvário), até morrer na cruz.
Desde a crucificação de Jesus que a cruz se tornou um elemento chave no simbolismo cristão. Após a sua morte, o seu corpo foi retirado da cruz e enterrado num túmulo escavado na rocha. De acordo com os evangelhos, dois dias depois, “ao terceiro dia” terá ressuscitado. 
A localização precisa da crucificação é alvo de muitas conjeturas, mas os relatos bíblicos indicam que ela ocorreu fora dos muros da cidade, num local acessível aos que passavam e passível de ser observado à distância. 
Na sequência da destruição de Jerusalém, em 70 d.C, o imperador romano Adriano ordenou, que o local identificado com a sepultura de Jesus, fosse coberto com terra e que nele fosse construído um templo dedicado à deusa Vénus.
Sacerdote grego dentro da edícula da Igreja do Santo Sepulcro
Em 316 d.C. o imperador Constantino decidiu construir nesse lugar, um santuário apropriado, a Igreja do Santo Sepulcro. Um edifício, que entre os romanos, servia como local de encontro, de comércio e de administração da justiça. Localizado no Quarteirão Cristão da Cidade Velha de Jerusalém.
Em 614 d.C., a igreja de Constantino foi gravemente danificada durante um incêndio ocorrido durante uma invasão dos persas sassânidas que roubaram os tesouros da igreja, restando apenas alguns restos escassos dela. A basílica foi reconstruída pelos bizantinos durante a reconquista da cidade pelo imperador Heráclio.
Em 966 d. C., as portas e o telhado da igreja foram queimados durante um motim. Em 1009 d. C., o califa Al Hakim ordenou a destruição de todas as igrejas de Jerusalém, incluindo o Santo Sepulcro, sendo que somente os pilares da igreja sobreviveram à destruição.
A reconstrução foi concluída em 1048 d. C. Em 1099 d. C. os cruzados conquistaram Jerusalém e tomaram posse da Igreja do Santo Sepulcro. A nova Igreja, foi consagrada em 1149 d. C.
No século XIV começou a ser administrada e repartida entre as igrejas Católica Romana, Ortodoxa, Armena, Ortodoxa Copta, Ortodoxa Siríaca e a Igreja Ortodoxa Etíope, constitui um dos locais mais sagrados da cristandade.
No século XVIII, procedeu-se à reparação da cúpula da Igreja do Santo Sepulcro. Em 1808, um incêndio danificou o local e a restauração iniciou-se em 1810. Novos restauros ocorreram entre 1863 e 1868.
Edícula em restauro
Em 1927, um abalo sísmico em Jerusalém causou graves estragos à estrutura.
As autoridades israelitas decidiram encerrar o edifício por falta de segurança, sendo que os trabalhos de restauração foram iniciados em 2016, após quase 200 anos de disputas entra as ramificações cristãs grega ortodoxa, arménia e católica romana.
Uma equipa de cientistas e técnicos de restauro de património cultural concluiu os trabalhos realizados no local do túmulo de Jesus, na Cidade Antiga de Jerusalém, e a área reabriu ao público no 22 de março de 2017. O grupo trabalhou nos últimos nove meses na Basílica do Santo Sepulcro e teve como foco uma pequena estrutura acima do local de sepultamento, conhecida como a Edícula.
A estrutura precisará ainda de reforços arquitetónicos e conservação, incluindo a instalação de uma rede subterrânea de drenagem para água da chuva e de esgotos. Após dez meses de restauros, durante os quais foram limpas as lâminas de mármore da armação e sua estabilidade foi reforçada, a Igreja está de novo disponível ao público. Além disso, lajes danificadas foram substituídas, as fissuras foram cobertas com cola e os suportes foram reforçados para que o monumento dure para sempre, pelo menos são os desejos da equipa de intervenção.

Autor:

Henrique Salgado de Andrade, 7ºB
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O Mosteiro de Ferreira - entre o esquecimento e a memória


Situado na freguesia de Ferreira, concelho de Paços de Ferreira, a igreja de S. Pedro de Ferreira constitui, para muitos, o “...último e único vestígio...” de um mosteiro do século X, que surge referenciado no testamento de Mumadona Dias, com data do ano 959.
No Boletim da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, nº 7, março de 1937, do Ministério das Obras Públicas e Comunicações de 1937, uma das relíquias da biblioteca da minha família, lê-se que “ Quási todos os autores que se têm referido ao mosteiro de S. Pedro de Ferreira apresentam-no como sobrinho de D. Afonso Henriques...”. Dado que inicialmente pensou-se que Soeiro Viegas, marido de D. Sancha (irmã do primeiro rei de Portugal), teria sido o fundador do mosteiro. Todavia, Soeiro Viegas não teria sido, realmente, o fundador deste mosteiro. Este terá feito parte, primeiramente, da Ordem do Templo, e, mais tarde, à Ordem dos Cónegos Regrantes, que, no século XV se extinguiu, passando então, o mosteiro, a pertencer ao Bispo do Porto.
A igreja, que atualmente existe, começou a ser construída em 1182, contudo foi possível identificar alguns componentes de uma outra igreja construída entre o fim do século XI e o início do século XII.
Este mosteiro sofreu numerosos danos durante, pelo menos, oito séculos. No entanto, por volta do século XVIII, a Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais ordenou que fossem feitas obras de restauro. Estas obras não modificaram muito o monumento original, porém, ajudaram o mosteiro, de modo a este não ficar em ruínas.
Capitéis do portal ocidental
O Mosteiro de Ferreira é reconhecido, no famoso parque temático "Portugal dos Pequenitos", pelos seus capitéis do portal ocidental. E, como é referido online em Rota do Românico, "O túmulo o nobre D. João Vasques da Granja é uma das únicas peças funerárias que ainda resta da história do Mosteiro.”
A igreja do Mosteiro de S. Pedro de Ferreira foi classificada como Monumento Nacional pelo Dec. 14 985, DG 28 de 3 de fevereiro de 1928. Atualmente é um dos monumentos que faz parte da Rota do Românico e está aberta para culto e visitas.
Mosteiro de Ferreira em 1943
Os habitantes de Ferreira, consideram o “Mosteiro”, pois é assim que lhe chamam, o ex-líbris do concelho  de Paços de Ferreira. Segundo reza a história, há quem diga que “...foi aqui que tudo começou, há muitos anos com os monges...o que seria de Paços se não existisse Ferreira...o Mosteiro é, sem dúvida alguma, o monumento mais bonito do concelho.”


Autora:

Sofia Pinto, 7ºB

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Matemática no You Tube


A turma do 8.ºA decidiu criou um canal na plataforma YouTube com o principal intuito de apresentar a resolução detalhada de exercícios propostos, pela professora Alexandra Cancela, no âmbito da disciplina de Matemática. 
De acordo com a matéria abordada, os exercícios são semanalmente selecionados e atribuídos a cada aluno. Todos os exercícios propostos fazem parte do manual Novo Espaço da Porto Editora. 
Esta iniciativa tem o objetivo de ajudar os nossos colegas a ultrapassarem as suas dificuldades, ao mesmo tempo que, os alunos que realizam cada vídeo consolidam os seus conhecimentos. Embora esta iniciativa solicite mais tempo da nossa parte, estamos mais empenhados e consideramos que contribui efetivamente para a nossa aprendizagem. 
No futuro, esperamos ganhar popularidade entre os outros alunos e continuar o bom trabalho.

Espreitem aqui o resultado, um pedaço do nosso trabalho...


Autores:
Clara Teixeira 8.ºA
Joana Amaro 8.ºA





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75 anos Centro de Matemática da UP


O Centro de Matemática da Universidade do Porto (CMUP) celebrou o seu 75º aniversário no dia 17 de fevereiro. 
A matemática é uma área extremamente importante e que é abordada por todos nós durante a nossa vida escolar. Desde o início da humanidade e do desenvolvimento das ciências, a matemática tem preenchido um lugar essencial no progresso da tecnologia. 
Recentemente, o CMUP, ou centro de investigação ligado à Faculdade da Universidade do Porto, comemorou 75 anos. Este centro, ao longo destes anos, tem contribuído para a evolução da matemática, mostrando, mais uma vez, a importância da aprendizagem e desenvolvimento desta área científica, com vários projetos. 
Ao consultarmos o sítio do CMUP, ficamos a saber mais sobre o trabalho desenvolvido por este centro, nomeadamente, as iniciativas que promove e que apoia. 
Seminários regulares em todas as áreas de investigação, visitas de investigadores externos para trabalhar em projetos de investigação conjunta com membros do CMUP e estimular o desenvolvimento científico no CMUP; 
  • Visitas de trabalho dos membros a outras instituições de investigação e também a sua participação em reuniões científicas relevantes; 
  • A realização de conferências / workshops internacionais; 
  • Um ambiente científico estimulante para os estudantes de doutoramento de ambos os programas de doutoramento em Matemática e Matemática Aplicada e investigadores Post-Doc, incluindo os do programa FCT "Ciência";
  • Atividades de extensão como conexões com escolas (ensino básico e secundário) e uma escola de verão de Matemática. 

Desde a sua fundação, os principais objetivos do CMUP são realizar e apoiar a pesquisa matemática, bem como promover a divulgação da Matemática como disciplina fundamental para o desenvolvimento da sociedade em todos os níveis.

Autores:
Íris Borges, 8ºA
Rúben Carneiro, 8ºA

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